Bagaço
Flávio Leandro
Menino
Moleque latino
Tonteia, vagueia sem tino
Se defende com destino
E perdido menino
Moleque
Barriga d’água
Bucho quebrado perdiz
Bicho do mato sem trégua
Revendo mais o que infeliz
Peregrino cai no mundo
Cai nas garras do sem fim
Depenado o sonho em fim
Desentoado o coração
Sangue travado nas veias
Em trave travor na língua
Perdido aos gritos e berros
Morrendo a míngua
Vencido nos tiroteios
Perde as rédeas, perde os freios
Perde a estribeira
Vira estilhaço cangaço
Bagaço de fim de feira
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