A noite é veleira carreta
Derramando suas sementes
Recolhe as cores do dia
Nas sombras do Sol poente
Mergulha profundamente
Na calma terna dos pagos
Cavalgando inspirações
Acalentadas de afagos

O vate varrando noites
Entropilhando poesias
Gaudério de muitas luas
Andejo de muitos dias

O vento uma voz campeira
Na amplidão das canhadas
Cruzando noites inteiras
De vagalumes bordados

E atalhando planuras
A brisa ungida de Sol
Ponteia a mais bela aurora
Desenhada no arrebol

Composição: Pedro Guerra / Dirceu Abrianos