Tem cacos da minha história nessa estrada
Como fatos que eu não sei explicar
Pondo em dúvida as cores do meu dia
Escurecendo o beco onde posso me encontrar
Não sei como escrever as perguntas que me fazem
Não sei sobre o meu passado que naufragou
Só sei que tem um futuro ali adiante
E um caminho que eu vou seguir

Mas cada dia é um portão que eu tenho que abrir
Às vezes são como muros que tenho que saltar
Mas cada dia é um portão que eu tenho que abrir
Às vezes são como muros que tenho que saltar

Tem pedras enormes
Às vezes salto
Às vezes contorno
E no momento há raios e trovões
Mas eu gosto mesmo dos tempos de sol

Em breve receberei o primeiro prêmio
Mas os sacrifícios até lá são dolorosos
E aquecem minha pele
Fazendo o sangue brotar debaixo dela

Sou pedra com alma
Dependo de tudo e de todos
Mas ninguém vai entender o que eu digo
Sou pedra com alma
Dependo de tudo e de todos
Mas ninguém vai entender o que eu digo

Tem pedras enormes
Às vezes salto
Às vezes contorno
E no momento há raios e trovões
Mas eu gosto mesmo dos tempos de sol

Em que os portões estão abertos...

Composição: Bruno Pedreira