Na ida pra roça ajeito a comida, e vou preparado enfrentar a lida
Pois sei ela é bruta
Tô acostumado não ter aperreio, o meu embornal dependuro no arreio
De lado à garupa
Chamo meu cavalo com um assovio
Ele é bom de sela no qual eu confio
Pro meu companheiro, o peso é maneiro, não causa estropio

Eu tenho cultivo na beira da serra, derrubei a mata ali onde a terra
É das mais batuta
Espero a chuva depois que semeio, as bênçãos do alto trarão porque creio
E nada me assusta
Eu plantei do lado um pé de bananeira
Com o tempo só foi aumentando a touceira
Na sombra descanso na hora que canso do Sol na moleira

Nas covas sementes vou deixar plantado, muitas de abobrinha também de quiabo
Que a gente desfruta
Dessa produção quando vem a colheita com a vizinhança a gente se ajeita
Fazendo permuta
A lida é pesada, muito desafio
Mas levo de boa, a enxada eu afio
Trabalho na manha, alegria tamanha talvez nunca viu

Na ida pra roça ajeito a comida, e vou preparado enfrentar a lida
Pois sei ela é bruta
A lida é pesada, muito desafio
Mas levo de boa, a enxada eu afio
Trabalho na manha, alegria tamanha talvez nunca viu

Composição: Ivan Souza & Júlio César