Trago, a cabresto, uma Moura, irmã do Mouro que encilho
Num toso de cogotilho, na cola, um nó de vassoura
E, no balanço do tranco, firma o compasso torena
E o tilintar das chilenas sonorizando a mirada
Sei que, no rancho da estrada, tem uma flor na cancela
Levo esta Moura pra ela, regalo pra minha amada

Eu vi, nos olhos da linda, quando firmei a mirada
Que, um dia, deixo a estrada pra ter sossego e carinho
Ergo um rancho fronteiro lá no Rincão do Moraes
Quem pudera querer mais tendo esta flor e o piazinho

Quem é de campo e estrada
E tem um sonho moreno
Que respingou de sereno
Os olhos da minha amada

De há muito que esta flor povoa os sonhos mais ternos
De sermos um nos invernos, na plenitude do amor
E eu peço ao nosso senhor que me conceda esta graça
E essa morena me faça o mais feliz dos domador'

Eu vi, nos olhos da linda, quando firmei a mirada
Que, um dia, deixo a estrada pra ter sossego e carinho
Ergo um rancho fronteiro lá no Rincão do Moraes
Quem pudera querer mais tendo esta flor e o piazinho

Composição: Jairo Lambari Fernandes