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Versos de Campo

Jari Terres

Letra

    Meu verso é laço na mão rural
    Algum pealo de sobre-lombo
    É polvadeira numa mangueira
    No cimbronasso do belo tombo.

    A moda antiga bem de à cavalo
    Bocal e rédea de couro cru
    Um "Minuano" índio pampeano
    Boleia as patas de algum "inhandu".

    Meu verso é mágoa de uma tapera
    A fruta doce da pitangueira
    Sente lembrança, gente da estância
    Mateando a sombra de uma figueira.

    Tirei as lonca pra pontear corda
    Minhas garroneira d'uma bragada
    Quando potranca ficou lunanca
    Na lida bruta de correr eguada.

    Meu verso é raça de antigamente
    Desses gaúchos que a vida faz
    Gente de guerra, cheiro de terra
    Uma estampa de capataz.

    É tropa gorda num fim de maio
    Lá destinada pra o matadouro
    Uma invernada, bem povoada
    Na primavera briga de touro.

    Meu verso é campo por ser fronteira
    Estância "véia" tropilha buena
    Salto da cama que esta semana
    A pegada é grande, eu sou torena.

    Composição: Erison Alex Silveira Jugueiro / Jari Lourenzo Terres Junior. Essa informação está errada? Nos avise.

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