Tradução gerada automaticamente
Susanna
Joan Manuel Serrat
Susanna
Susanna té una casa enllà de la ribera. Us hi porta a sentir l'aigua i les barques, al capvespre. I la nit amb ella és vostra. És mig boja i això us tempta. I ella us dóna te i taronges d'unes terres estrangeres. I tot just aneu a dir-li que no us queda amor per a ella, de seguida us capta l'ona. Mira el riu i deixa entendre que ella té un amor per sempre. I voleu fer el camí amb ella. I sabeu que ella el fa a cegues. I sabeu que ella es confia, que el seu cos es dóna al vostre per no res. I Jesús, mariner un dia, quan descalç travessà l'aigua, va passar un temps fent de guaita i va veure que el buscaven de tants homes uns pocs homes: sols aquells que s'ofegaven. I va dir: «Des d'ara, els homes mariners seran i amb barques aniran...». Però va ofegar-se, ell també, en un capvespre. Solitari com un home, deixà anar sobre nosaltres el seu clam. I el camí que ell fa feu vostre i voleu seguir-lo a cegues. Confieu potser per sempre. L'esperit d'ell mou el vostre com un cos. I llavors Susanna us porta fins al riu amb la mà estesa. Al vestit, hi duu les roses i els parracs de les trinxeres, mentre el sol inunda el fàstic dels monuments de la terra. I us ensenya a veure coses que no hauríeu sabut veure, entremig d'escombraries i entremig de flors enceses, com hi ha herois entre les algues, com hi ha infants que amor no tenen. I Susanna el mirall desa. I voleu fer el camí amb ella.
I voleu seguir-la a cegues. Confieu potser per sempre. L'esperit seu ella ajusta al vostre cos.
Susanna
Susanna tem uma casa lá na beira.
Ela te leva a sentir a água e os barcos, ao entardecer.
E a noite com ela é de vocês.
Ela é meio doida e isso te atrai.
E ela te dá chá e laranjas de terras distantes.
E quando você vai dizer que não tem mais amor por ela,
logo ela te pega na onda.
Olha o rio e deixa entender que ela tem um amor pra sempre.
E você quer fazer o caminho com ela.
E sabe que ela vai de olhos fechados.
E sabe que ela confia, que seu corpo se entrega ao seu por nada.
E Jesus, marinheiro um dia,
quando descalço atravessou a água,
passou um tempo fazendo vigia e viu que o procuravam
de tantos homens, apenas alguns:
só aqueles que se afogavam.
E disse: "A partir de agora, os homens serão marinheiros
e irão de barco...".
Mas ele também se afogou, em um entardecer.
Solitário como um homem, deixou seu clamor sobre nós.
E o caminho que ele faz é seu e você quer segui-lo de olhos fechados.
Confia talvez pra sempre.
O espírito dele move o seu como um corpo.
E então Susanna te leva até o rio com a mão estendida.
No vestido, ela traz as rosas e os trapos das trincheiras,
enquanto o sol inunda o nojo dos monumentos da terra.
E te ensina a ver coisas que você não saberia ver,
entre lixo e entre flores acesas,
como há heróis entre as algas,
como há crianças que não têm amor.
E Susanna guarda o espelho.
E você quer fazer o caminho com ela.
E você quer segui-la de olhos fechados.
Confia talvez pra sempre.
O espírito dela se ajusta ao seu corpo.
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