Remelexo No Sábado Feira
João Kadela
Juvência deixa de prosa e vai passar minha tricolina
Prega um botão na bombacha que tem festa nas meninas
Não olha de cara feia que assim tu me envenena
Dá de mão na rascadeia e me desenlheia a melena
Passa um sebo nas minhas botas
Chaireia minha coqueiro
Ajeita bem meu nagão, pra eu detonar mais ligeiro
Bota um punhado de bala no bolso da minha gibeira
Que eu ataco a lobisoma nas noites de sexta-feira
Vai vai no remelexo
Vai vai na vaneira
Vai campear tua turma
Que hoje é sábado feira
Vai vai no remelexo
Vai vai na vaneira
Só voltemos pra casa na segunda-feira
Hoje tem bochincho grosso, na barranca do empedrado
Vai sair China sem dente e macho de chifre quebrado
Não é de mal meu parceiro, que eu vim no mundo pavena
Eu rasgo meio vestido, com a roseta da chilena
E aquele galo cantor, do terreiro da tia chica
Hoje nos vamos levar, pra fermentar com canjica
Hoje vou pro remelexo e mexo com tudo que é China
Bochincho quando eu começo, só não sei quando termina
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