O galo canta anunciando o dia
Que já me encontra em volta de um fogão
Tenteando o ponto que a chaleira chia
Sai no capricho o velho chimarrão

O galo canta anunciando o dia
Que já me encontra em volta de um fogão
Tenteando o ponto que a chaleira chia
Sai no capricho o velho chimarrão

Vivo tranquilo no meu rancho beira mato
Três cachorros e um gato, bichinhos de estimação
O mau bichano defende a tuia dos ratos
Totó, Bilú e Novato, velha guarda do galpão

Minha janela, qual um quadro emoldurado
D'onde espio para o gado e aprecio o céu de anil
Rente à tramela, uma espingarda pendurada
Retrato da namorada, um maçarico e um cantil

O galo canta anunciando o dia
Que já me encontra em volta de um fogão
Tenteando o ponto que a chaleira chia
Sai no capricho o velho chimarrão

O galo canta anunciando o dia
Que já me encontra em volta de um fogão
Tenteando o ponto que a chaleira chia
Sai no capricho o velho chimarrão

O galo canta anunciando o dia
Que já me encontra em volta de um fogão
Tenteando o ponto que a chaleira chia
Sai no capricho o velho chimarrão

Para o asseio do lombo desse vivente
Tenho água de vertente cristalina como que
Fresca ao verão e, no inverno, brota quente
Costumeira paz e sempre dá alegria pro viver

Também não falta um rádio velho companheiro
Pra me inteirar no entrevero que acontece no mundão
Entre cantigas, descargas e muito chiado
Me alegra estar informado dos fandangos de galpão

O galo canta anunciando o dia
Que já me encontra em volta de um fogão
Tenteando o ponto que a chaleira chia
Sai no capricho o velho chimarrão

Composição: João Agenir Dos Santos