Trago no peito uma saudade tão doída
Tão cruel tão atrevida que eu não posso controlar
No pensamento aquela flor maravilhosa
Flor morena e formosa que se foi pra não voltar

Lembro das noites de canções e poesia
Noite a dentro a gente ia e eu cantava só pra ela
Meu canto é triste desde que ela foi embora
Pois até minha viola chora de saudade dela

Viola está chorando
Chorando está meu coração
Meu desespero meu sufoco
Desabavam pouco a pouco na magia da canção

Preso nas garras dessa dor tão impulsiva
Feito um barco à deriva vou vivendo por viver
Viver sem ela é não ter Sol nem ter abrigo
É bem mais que um castigo, é pior do que morrer

Solto meu grito, meu apelo, meu lamento
Vai meu canto vai no vento, vai até aonde ela está
E pede a ela que devolva minha vida
Tô num beco sem saída, pede à ela pra voltar

Composição: Elias Muniz