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Indiático

Joca Martins

Voltei...
Voltei índio nas feições, no canto,
Sincero pranto a derramar poesia...

Voltei na forma do barro
De outras vidas que vivi;
um "sinal santo" na prece,
o olhar de algum "guarani".

Que habita junto aos silêncios
os meus 'adentros' contidos;
Antes palavra dos matos,
Hoje idioma do esquecido.

Voltei no mouro das pedras
'silhuetas' de lua inteira;
um gesto livre charrua,
o 'abraço' da boleadeira.

Que foi sentença no tombo
Que a poeira simples deu fim;
Antes nas mãos, pelo vento,
Hoje no chão de onde vim.

Vive em mim...
Um "cunumi" de pés no chão;
Num coração, lágrima pura, nostalgia,
'feitiço índio' nas feições, no canto,
Sincero pranto a derramar poesia.

Voltei na idade do couro
a 'vincha' atada na crina;
Botas de potro, minuanos,
Sereno, prezo as retinas.

os toldos, carnal do avesso,
Um céu de estrela em retovo;
Antes abrigo pras noites
Hoje sem marcas de fogo.

Voltei no 'primeiro canto'
Antes do 'gaucho' nascer;
Chiripá, poncho, "pampeanos",
Outro campo, a florescer.

Onde colhi argumentos
a geografia das penas;
Antes voz clara da terra,
Hoje intenção de um poema.

Voltei índio nas feições, no canto;
Sincero pranto a derramar poesia...

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Composição: Adriano Alves / Joca Martins. Essa informação está errada? Nos avise.
Enviada por João. Revisão por Roos. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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