A ti, meu velho querido de joelhos no chão ofereço
Este rústico adereço, trançado de couro cru
E esta prece de xirú que rezo trançando o dedo
Já que não guardo segredo pra um amigo que nem tu

Te foste como os outros foram para o velho pago do além
Onde um dia eu também, eu quero bolear a perna
E o patrão que nos governa que por certo é teu amigo
Há de ser bueno comigo, ai na querência eterna

Já que não fui nem a sombra do que foste velho santo
Uma coisa eu te garanto sempre me orgulhei de ti
Pois contigo eu aprendi o que é honra e coração
E esta xucra tradição, pelo pago onde eu nasci

Composição: Jaime Caetano Braun / José Mendes