Trampa (part. Armando Laborde)

Armadilha (part. Armando Laborde)

Trampa (part. Armando Laborde)

O cigarro apagou o assobioEl pucho borró el silbido
Atravessei o balcãoSe me cruzó el mostrador
E o naipe me deu seu livroY el naipe me dio su libro
Quando alonguei a calçaCuando alargue el pantalón

Tateando com a mão compridaTanteando con mano larga
Acariciei o baralhoLa baraja acaricié
E depois de mesa em mesaY luego de mesa en mesa
Minha vida de homem começouMi vida de hombre empecé

Em longas contras e esperasEn largas contras y esperas
A sorte me negouLa suerte se me negó
Minha mão se tornou ligeiraMi mano se hizo ligera
O acaso eu mesmo fizEl azar me lo hice yo

Ganhei com trapaça e vantagensGane con trampa y ventajas
Meus vícios de jogadorMis vicios de jugador
Atrás de cada baralhoDetrás de cada baraja
Deixei pedaços de honraDejé retazos de honor

Copei meu resto a um carinhoCope mí resto a un cariño
Jogando à sorte e verdadeJugando a suerte y verdad
Deixei o destino talharDeje tallar al destino
Que no amor não se deve trapacearQue en amor no hay que trapear

A sorte mudou minhas listrasCambio la suerte mis rayas
Não valeu minha intençãoNo me valió la intención
O triunfo que eu buscavaEl triunfo que yo buscaba
Pintou bonito e se cortouPintó lindo y se corto

Em copas busquei o esquecimentoEn copas busque el olvido
O ouro me negouEl oro me las negó
A espada mostrou seu fioLa espada mostró su filo
E o bastão meu prontuárioY el basto me prontuario

Perdi minha mão de sedaPerdí mi mano de seda
O naipe desbotouEl naipe se despintó
Então soube entre gradesEntonces supe entre rejas
Que o acaso se vingouQue el azar se desquitó