Hordas Celestes
Jurema
O trem está vindo, está vindo
A verdade suspensa no ar
Anuncia uma nova canção
A nós os nós desatar
As hordas celestes com atrito a quebrar
Dos grilhões vem nos libertar
Da impureza que as vistas enxergam
Cegando as estrelas de sonhos no olhar
A fogueira que a muitos conduz
Traz a queima do podre do pus
Da carniça que o abutre não quis
Da raiz da mentira que a boca diz
Roda, a roda luz
Gira a roda esfera dos tempos
Relógio sem horas contrário a girar
Jura a rosa moinho dos ventos
A contar uma estória da máquina
Da ilusão do homem quebrar
Da dor do mundo curar
Moribundo ressuscitar
Roda, roda
A roda do trem
O doce estrondoso uivar dos anjos
Assobiam tambores de guerra
Mandalas jacintas
Trovões a Lutar
Daí-nos preces
Novas constelações pra do sono despertar
Libertar nosso cego
Seu nome é ego
Desvio dos santos da cruz
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