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Matuto Do Sertão

Liberdade e Raíz

Letra

    café com pão de milho de manhã pra fortalecer
    no machado e na inchada, trabalha que tu vai vencer
    o matuto do sertão que migrou pra capital
    passa fome, passa frio, tratado como um marginal

    mamãe cadê você, cadê você, cadê você???
    ai que vontade de almoçar o teu dicomer
    mamãe cadê você, cadê você, cadê você???
    ai que vontade de almoçar o teu dicomer

    meu padim padim cicero, como é que eu vou voltar???
    mande o pau de arara, pra mode vim me buscar
    quero sentir o cheiro da chuva no meu sertão
    a saudade quando aperta, machuca o coração
    mamãe cadê você, cadê você, cadê você???
    ai que saudade, como eu quero muito te ver
    mamãe cadê você, cadê você, cadê você???
    ai que saudade, como eu quero muito te ver

    Dia de procissão, Severino Comodoro gritou!
    meu dapim, padim Ciço Rumão
    antes que seje tarde e a seca com tudo acabe mande chuva pro sertão
    pra moiá minha rocinha, encher meu cacibão
    sentir cheiro de terra moiáda e as tantas da madrugada o canto do corujão

    Jesus que se fazia presente, pronunciou-se.
    meu filho tenha calma que tudo tem sua hora
    hoje é dia de procissão, reze pra nossa senhora
    a legião perambula pelo teu sertão, quem sabe não chove agora?
    e o Padre Cicero tem o meu consentimento para atender suas chamadas, tenho certeza que o corujão vai cantar as tantas da madrugada
    basta você ter fé e continuar sua jornada

    E então o Padre Cicero veio a dialética.
    já que tenho respaldo e tanta solicitação
    farei o que me compete pra melhorar o sertão
    atenderei ao chamados do povo da santa fé
    homem, menino e mulher seguidores da procissão
    irão sentir cheiro de terra molhada e as tantas da madrugada o canto do corujão

    Severino Comodoro num desassusêgo danado
    como o coração acelerado, gritou no meio da procissão - louvado seja nosso senhor jesus cristo - e o povo respondeu - para sempre seja louvado, agora nóis salva o restim de gado da mardita mardição.
    chuveu durante três mês, o mato todo verdim, o povo tudo alegre com a cantiga dos passarim
    cheiro de terra moiada e água no cacinbão e as tantas da madrugada o canto do corujão.


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