Dos versos que canto agora
Por longa e lenta a demora
Tu não sabes, mas te canto
Por estes sem fins de campo
Em cada frescor de aguada
Teu nome põe mais um tanto
De lindeza às campereadas
Nunca me abalam a confiança
Mas, se me agarra o cansaço
Me amparo é nas tuas lembranças
Certa vez buscando um passo
Nas brumas que cobrem o chão
Vi teu corpo em corticeiras
De viver nestas campanhas
Te trago um corte de chita
Trazer teus versos, não pude
E o timbre de um cantor rude
Voz de arvoredos e pastos
O atropelar de uma eguada
De viver nestas campanhas
Te trago um corte de chita
Trazer teus versos, não pude
Composição: Sergio Carvalho Pereira / Juliano Gomes
