Plágio de Mim
Luiz e a Lata
Um lugar vazio
Na plateia o frio
De um personagem meu, serei eu?
Um olhar capaz
De esconder a paz
De um próprio acordar, devagar.
Um espectador atento de um filme muito lento
Que se repete mas não tem um fim.
Ou um duplo de cinema que incorpora qualquer cena
Que habilmente ri mas quer chorar.
Não sei se sou eu
Se sou real
Um plágio ou o original.
Não sei se sou eu, se sou assim
Um plágio de mim.
Um drama fiel
Para um tal papel
De um invulgar ator, sem amor.
Um corte que tenho
Arde outro alguém
De um sopro anormal, afinal.
Um espectador atento de um filme muito lento
Que se repete mas não tem um fim.
Ou um duplo de cinema que incorpora qualquer cena
Que habilmente ri mas quer chorar.
Não sei se sou eu
Se sou real
Um plágio ou o original.
Não sei se sou eu, se sou assim
Um plágio de mim.
Não sei se sou eu, se sou real
Se sou acaso ocasional
Se sou banido ou sou banal.
Não sei se sou eu, se sou assim
Se sou um simples arlequim
Se sou quem quero que não quero
Ou o que querem de mim.
O que quero…
O que quero…
O que querem de mim.
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