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O Último Adeus de Quem Ganha o Céu

Luiz Marenco

Letra

    Gastei meus dias pelas invernadas
    Passou a vida sem eu me dar por conta
    Restou-me o rumo da última estrada
    Que me leva aonde o cruzeiro aponta

    Sonhei um rancho com a morena
    Na lida bruta de arrocinar potros
    Porém, a sina inverteu caminhos
    E, hoje, os rumos que tenho são outros

    Então, não levem por esses novembros
    Flores e adornos a uma cruz de campo
    Pois quero ser, na constelação
    Essas estrelas que remendam cantos

    Aceitarei preces em noites escuras
    Que hão de vir quando chegar meu fim
    Porém, somente me encontrarão
    Os que viajarem para o sul de mim

    Trago, de alento, essa esperança
    Pra quando a morte me por o sovéu
    De ir pra junto das cinco estrelas
    E o que merecer vai me ver no céu

    E saberás que, uma, é o meu coração
    A outra, contará o que aconteceu
    A que mais brilha é a minha bela
    As duas tristes são os olhos meus

    Então, não levem por esses novembros
    Flores e adornos a uma cruz de campo
    Pois quero ser, na constelação
    Essas estrelas que remendam cantos

    Aceitarei preces em noites escuras
    Que hão de vir quando chegar meu fim
    Porém, somente me encontrarão
    Os que viajarem para o sul de mim
    Os que viajarem para o sul de mim

    Composição: Diego Espindola / João Fontoura. Essa informação está errada? Nos avise.

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