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Décima da Esquila Antiga

Luiz Marenco

Letra

    Pega e maneia, maneia e tosa
    Corre a tesoura, de folha cheia

    Tina e floreia, De caprichosa
    Quara gostosa, Te cumpadreia

    Como era linda a velha esquila
    Linda e tranquila, a indiada vinda
    Atrás dos pila a indiada vinda
    Atrás dos pila, atrás dos pila

    De toda parte vem a comparsa
    Nenhum disfarça, a lida é arde

    Tesoura afiada, bem afinada
    Igual guitarra, e a lã das garra
    Não vale nada e a lã das garra
    Não vale nada, não vale nada

    Lá tá patrão Chibo pelado
    Bem caprichado, sem o carvão
    Ganhou de mão do índio ao lado
    Sem o pegão, sem o pegão

    Couro de potro, carnal pra cima
    Prossegue a rima, maneia outro

    São muitos couros sobre a ramada
    Cancha azeitada dos índios touros

    Que indiada buena dos tempos anchos
    Parido em ranchos, com querosena

    O mais baseado sempre refuga
    O que tem ruga, quer um Pelado

    E Entre bravatas e gritaria
    No fim do dia, quarenta latas
    Que tempo belo, hoje é uma farsa
    Perdeu a graça, lidar com velo

    Tosa martelo, não tem comparsa
    Perdeu a graça, lidar com velo
    Que tempo belo hoje é uma farsa
    Tosa martelo não tem comparsa


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