Onde Mora Meu Verso
Nilton Ferreira
São linhas no papel
Contam estrelas no céu
Falam das vergas do chão
São coisas de alma adentro
Vertendo sentimento
Direto do coração
Assim meu verso é feito
Vai saindo cá do peito
Parece querer viver
Pra cantar campo e cidade
Pelas raias da verdade
Bem sabe o que quer dizer
Meu verso também mora
Na roseta das esporas
Refletindo sol e lua
Mesmo verso que aquece
O gaúcho que adormece
Pela frieza das ruas
Assim é que o verso andeja
Todo o universo
Que é urbano e é rural
E faz um bom abrigo
Nas palavras de um amigo
Por sincero e por leal
Meu verso mora no arreio
Não refuga tempo feio
Segue aguentando o repuxo
Pra cantar sem falsidade
Um manifesto à liberdade
Na voz do povo gaúcho
Já morou pelas barrancas
Revolveu areias brancas
Águas de rio e de mar
Hoje mora nas retinas
Da minha gente sulina
Que não cansa de sonhar
Se o verso habita um sonho
Cada rima que componho
Vai buscando seu espaço
Pra depois pegar carona
No embalo da cordeona
Em cada acorde um novo passo
Assim é que segue adiante
Feito vento em levante
Soprando a esperança
Sem exata dimensão
Tem a força da canção
Em cada nota que alcança
A cada aurora
Meu verso acorda lá fora
Bem junto ao canto dos galos
Bem ao mesmo tempo
Acorda o peão de apartamento
Que sequer anda a cavalo
E são várias paisagens
Mas somente uma mensagem
No verso que se expande
Sem sotaque nem fronteira
Só respeita uma bandeira
Com brasão do meu Rio Grande!
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Nilton Ferreira e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: