Edimburgo
O Matador
Edimburgo
prepara-me essas ruas, eu vou a caminho, a sorte está comigo
põe-me no trilho do turista rico, enche o meu chapéu de pennies
e o bolso de pounds, das cinzas de windermere nasce uma nova fénix,
sou eu, artista portugues do mês, Bob Dylan vezes três
enrolado na estação numa tenda de dez pounds
espero o expresso das três,
para Edimburgo
Edimburgo
Sacode-me essas nuvens, seca-me os descampados, que eu durmo ao relento
põe-me os arados à frente dos supermercados, que eu vou espalhar sementes,
rock and roll e fados, enjoa-me essas tilts essas wallets,
que elas vomitem pounds e poucos bollocks
que elas se hipnotizem com os sounds da minha viola,
enrolado na estação numa tenda de dez pounds
espero o expresso das três,
para Edimburgo
Edimburgo,
Incendeia-me a voz, dá-lhe fôlego, para subir dois dós
dá-lhe força para abafar conversas, para atravessar travessas
atrair lads e blokes, que eles me atirem twenties que sobram das suas cokes
que eles me oferecam muitos cheers e poucas jokes,
enrolado na estação numa tenda de dez pounds
espero o expresso das três,
para Edimburgo
Edimburgo já vejo as tuas luzes
Edimburgo, é o sol que nasce na Escócia
Edimburgo, já não há estrelas no céu
Edimburgo, prepara-te aqui vou eu
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