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A Revolta das Máquinas de Fazer Pão

Ossos do Banquete

Letra

    Não me deixam respirar na indústria
    Onde fabricam o que eu não posso comprar
    Não me deixam respirar na indústria
    Onde fabricam o que eu não posso comprar

    Suas doutrinas justificam meu suor
    Seus discursos abafam minha voz
    Que tento as vezes, nos domingos de sol,
    Esquecer o quanto eles me possuem
    Com seus relógios de descansos pontuais

    Que pão é esse que a cada dia eles me cobram mais
    Que pão é esse repartido entre os pratos principais
    Que vinho é esse que envelhece junto com meu mal
    Que vinho é esse repartido entre as taças de cristal

    Não me deixam questionar a indústria
    Máquinas não podem ter coração
    Não me deixam questionar a indústria
    Máquinas não podem ter coração

    Então vestimos o mesmo uniforme
    Que nos insere na mesma produção
    Tudo bem, não morremos de fome
    O que não justifica a exploração
    Precisamos de muito mais que pão

    Que pão é esse que a cada dia eles me cobram mais
    Que pão é esse repartido entre os pratos principais
    Que vinho é esse que envelhece junto com meu mal
    Que vinho é esse repartido entre as taças de cristal


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