Não há
João Pedro Pais
Já não há mais o vagar dos olhares envergonhados
Agora tudo é discreto,até já esqueces o passado
Se te perguntarem se estive ausente
Vão ouvir dizer que não me vendo nem me dou a toda a gente
Não há ninguem como tu,tão diferente
Não há ninguém como havia antigamente
As pessoas que tu vês no meio das avenidas
Todos procuram assentos,já nem ligam ao dia-a-dia
Os mendigos que se escondem nas arcadas divididas
Fumando definitivos,deitando contas à vida
E se alguém notar a tua indiferença
Diz-lhes que o acaso é mera coincidência
Não há ninguém como tu,tão diferente
Não há ninguém como havia antigamente
Antigamente era diferente-Não há,não há
Antigamente era diferente-Não há,não há
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