Fim do Malandro
Pedro Bento e Zé da Estrada
Certo dia num bar encontrei o malandro
Comendo e bebendo e desafiando
Com seus próprios amigos que estavam apreciando
Com uma navalha na mão relampejando
Só contava vantagem, falava bobagem
E aqueles caboclo estavam acreditando
Nessa hora cheguei pro malandro falei
Fiz minha obrigação como manda a lei
Dei a voz de prisão pra aquele beberrão
Com uma navalha que eu encontrei.
Dei um salto pra trás que nem satanás
No peito do cabra com dois pés pulei
O malandro era mesmo muito fraquejado
Pulou para o lado para se defender
E me deu uma pernada pra ser acertada
Mas minha ligeireza que foi me valer.
O meu punho de aço acertei o seu braço
Dei nele um repasso pro cabra aprender.
Isto serve de exemplo pra muito caboclo
Bebem e ficam louco e querem aproveitar
Não respeitando a lei vai parar no xadrez
Sai andando de esgueio igual um tamanduá
Assim sofre um soldado cumprindo o mandado
Horando a farda até a morte chegar
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