O Gaúcho e Seu Cavalo
Pedro Bento e Zé da Estrada
O meu pingo é minha sorte, com ele sou grã senhor
É coragem, é meu forte, é meu trunfo do amor
Dizem muito é correto que já figuro em estampa
Que a cavalo me completo, sou o centauro dos pampas.
Quando meu pingo troteia tilinta a espora a cantar
E minha saudade apeia vendo a prenda sussurrar;
Em meu cavalo sou rei que de pachola se empina
Ganha a carreira na lei e na garupa leva a china.
Meu exército é meu pingo, os arreios são meu trono
E nas festa de domingo, sou livre não tenho dono
Lutei com índio estranho, varei rio e pulei valos
Nesta vida nada é canja, quase tudo é meu cavalo.
E nas lutas altaneiras da coxilha ao céu azul
Defendi sempre a fronteira do meu Rio Grande do Sul
Com as patas do meu cavalo de lança contra o fuzil
Na história canto de galo para a glória do brasil.
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