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Esta boca tão corada
Saboreei-a adocicada
Com sumo de guavirova
Foi bênção do céu de fato
Depois que eu rocei o mato
Côa foice da Lua nova!

Na outra Lua, a crescente
A distância apartou a gente
Levou pra longe meu bem
Mas mesmo sentindo a pua
Pra rever a imagem tua
Eu espero a Lua que vem

Agora, só, com a guitarra
E esta também me amarra
Nas cordas também enleia
As duas quero nos braços
Para cantar entre abraços
Pro brilho da Lua cheia
Para cantar entre abraços
Pro brilho da Lua cheia!

Canto pra ela, Lua de prata
Nesta milonga em serenata
Canto pra ela, Lua de prata
Nesta milonga em serenata

Eu sou índio dos arreios
Pra domar sou sem receios
Mas hoje beijei o chão!
Minguante fez-se saudade
Minguou a felicidade
Fiquei de freio na mão!

Em todos quartos de Lua
Se eu não te vejo xirua
O mais importante falta
Então ponteio baixinho
Falando o idioma do pinho
Mirando a Lua, já alta

Assim minha voz não cala
E esta saudade baguala
Sofre as penas e aguenta
Mais forte que a despedida
É esta distancia sentida
Se do meu céu te ausentas
É esta distancia sentida
Se do meu céu te ausentas

Composição: (Ramiro Amorim / Vitor Amorim). Essa informação está errada? Nos avise.

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