exibições de letras 95

Do Que a Tarde Não Vê

Raineri Spohr

Letra

    Parece até que as figueiras
    Chovem nos galhos copados
    E que os cavalos da encilha
    Já vêm de lombos suados

    Bailam as franjas do poncho
    Em contraponto às do baio
    Talvez, tremendo de frio
    Neste finzito de maio

    Cada pisada do pingo
    Cruzando verdes caminhos
    Rouba o orvalho do campo
    Pra cintilar os machinhos

    Cachorros molham o faro
    Campeando não sei o que
    E a manhazita redobra
    A luz que a tarde não vê

    Os choramingos do basto
    Se calam por um instante
    E as botas mudam de cor
    No porteirão, mais adiante

    E o sereno, por ciúmes, vai
    Tenteando nesta hora
    Por sementes de ferrugem
    Sobre o lume das esporas

    Tresontonte foi a chuva
    Que afogou marcas de casco
    Hoje o Sol é quem mateia
    A seiva que vem do pasto

    Mas lá na costa do mato
    O serenal ainda brilha
    E mostra, antes do cusco
    Onde se entocam as novilhas

    O sereno cobra o preço
    De quem lhe pisa por cima
    Esta é uma grande verdade
    Que as alpargatas confirmam

    Composição: Eduardo Muñoz e Fernando Soares / Ricardo Rosa. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Raineri Spohr e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500


    Opções de seleção

    Mais ouvidas de Raineri Spohr