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Saída (Fim do Fim)

Raquel Tavares

Letra

    Sempre que ao sabor dos dedos
    As palavras se desmaiam
    Numa folha amarrotada
    Deixo as horas e os segredos
    Nestes versos que me enleiam
    Deixo tudo e quase nada

    Trago as noites de setembro
    No meu corpo de mulher
    Nesta vida que anoiteço
    Já da vida não me lembro
    Nem se a esqueço por te ver
    Ou por ver que não te esqueço

    Sempre que este madrugar
    Dispa os olhos magoados
    E a saudade em mim insista
    Deixo á voz, este penar
    Sou um fado doutros fados
    Em que a noite é mais fadista


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