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Bando de Louco

Sergio Brown

Letra

    Um bando de louco vem, só par cheira as de cem
    Salvador tá ai, representando bem.
    Se que cheira vem, aqui no morro tem.
    Branca pura par nós, e par você também.
    Quer conferi vem, com a função e os manos do bem.
    Alemão aqui? não tem
    E si cola? Vai sai de baixo de bala meu bem
    A vida é loka e nós somos loucos também
    Fazemos fitas mais nunca, ferimos minguem.
    Com exceção, dos robocops e super mem.
    Que não alivia as minas, e nem os trutas.
    Dão tapa na cara e joga dento, da viatura
    Levam por lugar desertor, pó matagal.
    Fazem um par de perguntas, e cobre o pal.
    E numa espece de ironia, dizem que tão de bom humor
    Que só querem algumas respostas, e vão te libera moró
    Se não fala, eles te mata
    Se abri o bico, vagabundo invade sua casa
    Então vai escolher o quer cabuloso
    Fica com o certo, ou arisca o duvidoso
    Nesses vermes ai truta, confio não
    Prefiro morre, que caguerta um irmão
    Muitos não pensão assim, eu só lamento
    Se envolver meu nome parceiro, caio par dento
    Fui criado assim, aqui na periferia
    Tendo respeito e consideração, no dia a dia
    Infelizmente meu pai, não passou dessa fase do jogo
    Levou game ouve de um oitão, assim como muitos outros
    Par mim agora só resta, as minhas filhas
    Minha razão de viver, minhas alegrias
    Minha mente de uns anos par cá, anda confusa
    Ando cismado, assustado, com o ferro embaixo da brusa
    Pronto par qualquer treta, pronto par somar
    O que tive de ser, pela beça de deus será
    O que é bom par alguns, nem sempre agrada a todos
    Bola logo esse fininho, e ver se acende outro

    Vida loka é assim, não esconde o que é
    Sua origem é tudo, sendo homem ou mulher

    Que merda, que porra, um fininho só não dá
    Par se mante alerta, tem que se a branca pura
    Curtindo sabotagem, lendário mestre, repper de verdade
    cantava par conscientiza, a juventude com coragem
    já dizia o próprio, rap é compromisso não é viagem
    se foi e deixou, muito mais que saudade
    bicho do mato, na roça se sente em casa
    em salvador mim cinto assim, no meio da rapa
    envolta da fogueira enchendo, as taças
    uísque, vinho, cocaína e maconha
    salvador é minha casa, não a babilônia
    vagabundo aqui manda, não obedece
    corta no aço policia, e gera os testes
    medo de morre par quer, se é inevitável
    vamos busca o nosso, vamos por arregaço
    se o malote vir, pampa, bam bam bam, mó mamão
    se não, pelo menos um deles deixo no chão
    tipo aquele segurança do ano passado
    quis banca o herói, e morreu ajoelhado
    quis defende, o patrimônio do playboy
    e agora sabe, o quanto uma bala dói
    al invés de ouro, moto, carro importado
    o que quero é leva, comida por prato
    as minhas filhas, não pedirão par nasce
    e par não velas sofrendo eu prefiro morre
    já que não consigo emprego, nem de faxineiro
    tenho que mete nos boy, pá ganha dinheiro


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