Queda II
Silvestre Kuhlmann
Fui feito à Sua imagem e semelhança
Disso tenho uma vaga lembrança
Eu, um paralítico não só das pernas
Caí distâncias eternas
Hoje quebrado, vaso de barro
De novo no pecado esbarro
Sou pó da terra, a carne berra
E o alvo novamente erra
Quem me livrará deste corpo de morte?
Magôo a quem mudou minha sorte
Não faço o bem que quero, o mal que não quero faço
Cadeias fortes, de aço
Quem me livrará deste corpo de morte?
Magôo a quem mudou minha sorte
Não faço o bem que quero, o mal que não quero faço
Vem, desata o nó deste laço
Fui feito à Sua imagem e semelhança
Nisso ponho a minha esperança
Vaso de barro, em mãos tão ternas
Encontrará redenção e liberdade eternas
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