Dois Porcos
Thiago César González
Vocês dois se parecem, se carecem e se merecem
Vocês dois são porcos, são ratos, tão óbvios
Vocês dois são caros, rasos e insossos
Tão carentes de atenção, por afagos de qualquer mão
Vocês dois são falsos, escravos da mesma dor
Você dois são cacos, cactos, tão sem valor
Vocês dois são frios, vazios, quadros sem cor
Movidos sem razão, sentimento sem paixão
Que depois põem tudo a perder
Pois não há amor que suporte esconder
Tanta dor, mentiras, tragédias
Acabou, vá embora leve o que restou com você
Só desejo sorte a vocês dois
E uma boa morte
Afogados no próprio veneno
O mundo é pequeno demais pra nós dois
Seus corpos jogados na lama
Como dois, dois porcos, dois porcos que são
Dois porcos, dois porcos, dois porcos
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