Na viola eu sou competente e tenho meu peito sadio
Pra não arder no meu ouvido procuro cantar baixo e bem macio
Tenho um repertório de ouro outro igual ainda não existiu
Com meu repertório de ouro ainda mais minha fama subiu
Não preciso ficar repetindo muitas moda que o povo já ouviu
Uma moda que eu canto em janeiro só vou repetir lá pro mês de Abril

Meu pagode que é o tudo certo tá falado em todo Brasil
A geada do paraná cena triste que "nóis assistiu"
A moda do rei do gado boiadeiros "contentes sorriu"
E a moda da terra roxa enxadeiros também me "apraudiu"
Com o meu pagode em Brasília Juscelino também divertiu
Não canto modas de abatê pois comigo ninguém ainda não buliu

Hoje em dia a viola é quem manda os "caboclos também progrediu"
O estilo novo do pagode foi "nóis mesmo quem descubriu"
Os compositores sertanejos também merecem nosso elogio
Caboclada boa na caneta inteligente do sangue frio
A legião de fã que "nóis tem" foi cantando que "nóis conseguiu"
Agradeço à platéia querida e aqueles ouvintes que nunca me viu

Me contaram que "dois violeiro da viola já disistiu"
Porque foram cantar numa praça nem de casa o "pessoar" não saiu
Esses cara derrubaram a praça a praça pra nóis pode crê não caiu
Depois deles eu dei o meu show atendendo meus fãs que pediu
Duas noites eu cantei nessa praça duas noites o circo entupiu
Nos lugar que eles tomam prejuízo eu nunca "vortei com meu borço vazio"

Composição: Moacyr dos Santos / Tião Carreiro