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Mensageiro do Além

Tibagi e Miltinho

Letra

    Caboclo madeira, gaúcho guapo
    Criado nos campos do sul do país
    Deixou este mundo chamado por Deus
    E hoje no espaço ele vive feliz

    Peão rio-grandense, filho de Pelotas
    Dia vinte e cinco de março partiu
    Foi num rodeio que tomava parte
    Que dos companheiros ele se despediu

    Foi triste a sorte do pobre peão
    Quando um pantaneiro a mangueira pulou
    Em seu pingo forte a toda carreira
    Em curta distância o boi alcançou

    E numa laçada de golpe certeiro
    O boi pantaneiro se embaraçou
    Porém sua hora estava marcada
    Na frente do boi o cavalo tombou

    Igual uma fera o atroz pantaneiro
    Ao ver em sua frente sozinho o peão
    Investiu furioso e com uma chifrada
    Deixou o gaúcho sem vida no chão

    Porém sua alma igual pomba fugaz
    Subiu para o céu e hoje é minha luz
    Em meio as estradas escuras da vida
    Na roda segura meus passos conduz

    Gaúcho valente tombaste vencido
    Porém sua luta no céu continua
    Igual a São Jorge num cavalo branco
    No campo do espaço banhado de luz

    Na terra prossigo o vosso caminho
    Lutando eu espero a morte chegar
    Você que me guia nas lutas da vida
    Na morte convido pra vir me buscar

    Composição: Lucílio / Napoleão. Essa informação está errada? Nos avise.

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