La Canción Del Pirata (II)

A Canção do Pirata (II)

La Canción Del Pirata (II)

A vóz de um navio vemA la voz de barco viene
Da pra ver como vira e se previneEs de ver como bira y se previene
A toda velocidade escaparA todo trapo escapar
Que eu sou o rei do marQue yo soy el rey del mar

E minha furia tens de temerY mi furia has de temer
Nas presas eu dividoEn las presas yo divido
O roubado por igualLo cogido por igual
Só quero por riquezaSolo quiero por riqueza
A Beleza sem rivalLa belleza sin rival

Sentenciado estou a morteSentenciado estoy a muerte
Eu rio, não me abandonei a sorteYo me río, no me abandoné a la suerte
E ao mesmo que me conderaY al mismo que me condena
Pendurarei em algum mastroColgaré de alguna entena

Quem sabe em seu próprio navioQuizá de su propio navío
E se caio, Oque é a vida?Y si caigo, ¿qué es la vida?
Por perdida ja a deiPor perdida ya la di
Quando o jugo do escravoCuando el yugo del esclavo
Com valentia abaleiComo un bravo sacudí

É minha musica preferidaSon mi música mejor
Vendavais o estrépido e temblorAquilones el estrépito y temblor
Dos cabos sacudidosDe los cables sacudidos
Do negro mar os rugidosDel negro mar los bramidos

E o rugir dos meus canhõesY el rugir de mis cañones
E do troar ao som violentoY del trueno al son violento
E do vento a ressoarY del viento al rebramar
Eu durmo sossegadoYo me duermo sosegado
Embalado pelo marArrullado por el mar

Que é meu barco, meu tesouroQue es mi barco mi tesoro
Que é meu deus, minha liberdadeQue es mi Dios, mi libertad
Minha lei, a força e o ventoMi ley, la fuerza y el viento
Minha unica patria o marMi única patria la mar

[José de Espronceda (1808-1842)[José de Espronceda (1808-1842)]