O Último Recital
Viver Mata
Sórdido, somítico, sozinho
a vida ceifada e olhos abertos
enxergando o que a consciência não mais absorve
vendo a verdade que trouxe as lamúrias
orgulhoso que era, como explicá-las agora?
do fim da hombridade se deu o covarde
da honra revestida com falácias nasceram as mentiras
a perfeição parecia tão imutável
que o flébil padecer do rosto surpreende
a flama da peça vivida
divina obra de criação de ídolos e ilusões
tranforma-se em plangente lamentar
dentro da morte conceitual dos sentidos
pois do chegar das lamúrias, do surgir do lamento
determinou-se o fim e a inutilidade dos heróis
e é na tentativa de reviver a antiga récita
que a voz tenta enunciar sílabas
porém frívolas sílabas formam palavras inconcludentes
a desesperada tentativa de subsistir
chega ao seu fim submetendo-se ao ostracismo
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