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Lira da Noite

Wilson Paim

Letra

    Cai a tarde na imensidão do campo
    O sol se vai e a tristeza invade
    O inverno vem das cinzas dos seus
    Plantar nos corações silêncio e saudade
    Se foi o tempo de luz e calor
    Só resta o frio a maltratar viventes
    Maltrata o pasto envidraçado de geada,
    E de tristeza o coração da gente
    Maltrata o pasto envidraçado de geada,
    E de tristeza o coração da gente

    (Refrão)
    A lua ilumina esse ar parado
    Já é madrugada, príncipe o chimarrão
    A estrela D'Alva é uma espora,
    Que sangrando a noite
    Ascende a aurora e os braseiros do fogão

    (Repete o Refrão)

    É longa espera pra raiar o dia
    E tanta coisa vai se consumindo,
    Mas a esperança, buena e companheira
    Um tempo novo em outros sóis vão construindo
    Se a noite é frio, há sonhos e anseios
    Na primavera que um dia virá
    Parindo flores nos beirais das sangas
    E adoçando pitangas e araças
    Parindo flores nos beirais das sangas
    E adoçando pitangas e araças

    (Repete o Refrão 2x)

    Ascende a aurora e os braseiros do fogão
    Ascende a aurora e os braseiros do fogão


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