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De Estrada e de Verso

Wilson Paim

Quanta esperança sorvida na bomba do mate
Quantas auroras de sonhos trazidas na alma
Essa inquietude parceira que cerca as estradas
Vem dos confins mais distantes e em mim fez morada

E uma emoção caborteira que vem no costado
Prá cabrestear uma rima prás minhas payadas
Venho de braços abertos, pedindo uma vaza
Prás ilusões, inquietudes das minhas pegadas

(Refrão)
Distâncias longas, pegadas mortas
Caminhos tortos, desilusão
Buscando a rima de versos loucos
Que amanse, aos poucos, meu coração

Busco um horizonte mais largo no fim da jornada
E uma visão bem mais clara prás minhas distâncias
Novas palavras que aflorem na minha garganta
Novos ponteios e acordes prá estas andanças

Cada caminho que traço é um verso que nasce
Cada compasso é uma curva nas trilhas compridas
Essa harmonia sonora que aos poucos me abraça
Faço da estrada e da arte a razão dessa vida

(Repete o Refrão)

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