O Avesso do Couro
Xirú Antunes
A mão de quem vira o couro reflete no que já fez
Olhos claros ficam turvos não há mais o que fazer
Pressente a tropa assustada pintando um triste retrato
Palanque é testemunha mesclando sangue com pasto
Logo o desenho de um mapa cheio de rubros e brancos
Abertos em pontas de lança pra o vento orear com seu canto
(A fronteira morte e vida limitada de carnal
Contraponteia o sentido legado de um ritual
Contraponteia o sentido legado de um ritual)
Int.
De certos os tantos pedaços povoarão o varal
Nos catres junto ao braseiro dormirão com água e sal
Por certo a ausência de um boi neste municio comum
Explique a pampa tão fértil primavereando mais um
Não há mais o que fazer quando o avesso do couro
É um mapa colorado na sombra de um cinamomo
( ) Int.
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