Jogo da Vida
Zé Fortuna & Pitangueira
Antônio foi à cidade
Tão triste, tão descontente
Buscar remédio pra filha
Que se encontrava doente
Mas ao chegar na cidade
No primeiro bar da entrada
Viu seus amigos jogando
Entrou também na jogada
Foi jogando e foi perdendo
Todo o dinheiro que tinha
Que era para comprar
Remédio para a filhinha
Mas continuou jogando
Pra ver se recuperava
Quando clareou o dia
Um cavaleiro chegava
Ele vinha lhe avisar
Que a filha tinha morrido
Antônio desesperado
Se deu um tiro no ouvido
Assim o maldito jogo
Deixou um lar destruído
Pai e filha noutro mundo
E uma mulher sem abrigo
Quantos dramas como esse
Por este mundo acontece
Homem que entra no jogo
E jogando ele se esquece
Que a sua honra e família
Com tanto amor conseguida
Numa só noite se acaba
No triste jogo da vida
Por que jogar se a vida
Já é um jogo de surpresa
Amanhã o que seremos
Ninguém pode ter certeza
Nossa existência é um baralho
E a derradeira partida
Somos as cartas marcadas
No triste jogo da vida
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