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Tarde da vida quando se amontoa os anos
debruçado em desenganos da minha desilusão,
fico espiando da janela do presente
retalhos de antigamente que me dói como ferrão.
Vai boi penacho, puxa o carro boi carreiro
companheiro de viagem nas quebradas do sertão,
leva essa carga, rasga o barro do caminho
se couber leva um pouquinho de mágoa desse peão.

Peão que chora quando vê o sol baixando
e um carro de boi cantando seu gemido de paixão,
sai num suspiro meu gemido solitário
e desfia o meu rosário em contas de solidão.
Sou um carreiro vencido pelo cansaço
mas me lembro do chumaço, da chaveia e dos cocão
eixo e fueiro, cabeçalho, cheda e mesa
velho tempo de riqueza que virou recordação.

Ainda me lembro recavem e o pigarro
cunha na roda do carro, cambota, arreia e meião,
chapa esse cravo, canzil, brocha e tamboeiro
o ajoujo, a tiradeira, argola, canga e cambão.
Vai boi Penacho puxa o carro e vai embora
já venceu a minha hora, terminou minha missão,
leva essa carga de tristeza que me invade
se couber leva a saudade que me aperta o coração
Vai boi Penacho puxa o carro boi Carreiro
companheiro de viagem nas quebradas do sertão,
leva essa carga rasga o barro do caminho
se couber leva um pouquinho da mágoa desse peão.

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