Maresia (Se Eu Fosse Um Marinheiro)

Navegando pela Liberdade e Desapego em 'Maresia (Se Eu Fosse Um Marinheiro)'

A canção 'Maresia (Se Eu Fosse Um Marinheiro)' de Adriana Calcanhotto é uma reflexão poética sobre a liberdade e o desapego, utilizando a figura do marinheiro como metáfora para um estilo de vida desprendido e errante. A música começa com a expressão de uma perda, onde o eu lírico menciona que seu amor partiu e levou consigo sua identidade, deixando um sentimento de desorientação e perda da realidade.

A repetição do desejo 'Ah, se eu fosse marinheiro' introduz a ideia de escapismo e a vontade de ser como o marinheiro que parte, que se desloca sem se quebrar emocionalmente. A maresia, elemento constante no ambiente marinho, é usada como cola imaginária que poderia consertar um coração partido, sugerindo que o contato com o mar e suas viagens trariam a cura para as dores do amor. A leveza com que o marinheiro amaria, 'sem peso e com poesia', contrasta com a dor sentida pelo eu lírico.

A canção também explora a ideia de não se prender a um único lugar ou a bens materiais, como dinheiro ou conforto. O marinheiro teria 'um amor em cada porto', simbolizando a capacidade de viver intensamente o presente sem se apegar, e encontraria seu lar na imensidão do mar e em qualquer direção que escolhesse seguir. A música, portanto, é um convite à reflexão sobre a liberdade emocional e a capacidade de se reinventar após as desilusões amorosas.