Esfinge
Álvaro Rachid
Existem alguns instantes
Em que vejo o teu olhar...
E sinto os teus olhos tão distantes
Solidão, solidão de esfinge...
Solidão, solidão de esfinge...
Mistérios indecifráveis abissais
Tão profundos...
Qual o reino de netuno;
Fascinante e imerso mundo...
Porém, em outros momentos
Teu olhar é tão presente
Feito água, transparente...
Mansidão de lago...
Mansidão...
Sem vento, tempestade ou turbulência
E se mostra por inteiro sem pudor...
Te faço derramada em poesias
Te recrio em minhas fantasias...
Te faço verossímil e verdadeira
Na minha viagem...
O real motivo paradoxal desse meu medo
E também de toda a minha coragem...
Teus olhos...
Teu olhar !
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