Farabute

Farabute ilusionado por la mersa de magnates
Que enfarolan su presencia con suntuosa posición
No manyás pobre franela, que aquél que nació en un catre
A vivir modestamente la suerte lo condenó

Sos la escoria remanyada que esgunfiás con tu presencia
De chitrulo sin carpeta, residuo del arrabal
Tus hazañas de malevo al cuaderno de la ausencia
Con el lápiz del recuerdo te las voy a enumerar

Clandestino de carreras
A ratitos quinielero
Así te hacés las chirolas
Con que a veces te empilchás
En tu casa todo el año
A la hora del puchero
Enyantás de prepotencia
Lo que nunca te ganás

Deschavate farabute, no naciste pa cafishio
Al laburo dedicate que allí está tu salvación
Recordá tu madrecita, hace un mes en el hospicio
Muriendo a tus hermanitos suplicando señaló

Yo que en su triste existencia como trapo la has tratado
Ni un halago tan siquiera le supiste demostrar
Hoy tenés frente a la vida la misión que te ha encargado
Que la santa desde el cielo te sabrá recompensar

Farabute

Farabute animado com a mersa de magnates
Que enfatizam sua presença com posição sumptuosa
Não há muitos pobres de flanela, do que aquele que nasceu em um berço
Para viver modestamente, a sorte o condenou

Você é a escória dispersa que olha com sua presença
Chitrulo sem pasta, lixo do subúrbio
Seu malevo gosta do caderno de ausência
Com o lápis da memória eu vou enumerá-los

Clandestino de raças
Depois de um tempo
É assim que você faz as quirolas
Com o que às vezes você agacha
Em sua casa o ano todo
Na hora do ensopado
Enyantás de arrogância
O que você nunca ganha

Deschavate farabute, você não nasceu pa cafishio
Laburo dedicar que existe a sua salvação
Lembre-se de sua mãe, há um mês no hospício
Morrendo para seus irmãozinhos implorando apontou

Eu, que em sua triste existência como pano, a tratei
Nem mesmo um elogio você sabia como provar
Hoje você enfrenta a vida a missão que lhe confiou
Que o santo do céu saiba como recompensá-lo

Composição: A. Casciani / J. Barreiro