Midinette Porteña

Midinette, que trabajas todo el año
Dulce consuelo, y honra de tu hogar
Ten cuidado, paloma codiciada
Que muchos gavilanes
Te acechan sin cesar
Cuando escuchen mil mentiras tus oídos
De los que visten cual maniquí vivant
Midinette, son frases estudiadas
Que han de decirte aquellos
Que asediándote están

Nunca te mires, en el quebrado espejo
De la que sufre, creyendo que es gozar
Vestir de seda el cuerpo que ha vendido
Lucirte en auto, bailar y trasnochar
Jamás te apene tu condición humilde
Porque en tus ojos que siempre yo admiré
Se asoma un alma que tiene algo de templo
Y sacrilegio, como en el cabaret

Midinette, que trabajas todo el año
Tu madre reza porque seas feliz
Y a Dios ruega que ampare del peligro
Que sigue a las hermosas
Peligro de un desliz
No te olvides que el mundo no perdona
Solo una madre tiene esa virtud
Y si muere de pena por tu culpa
¿Quién te dará consuelo?
¡Tan solo el ataúd!

Buenos Aires Midinette

Midinette, você trabalha o ano todo
Doce conforto e honra da sua casa
Cuidado, pombo cobiçado
Que muitos falcões
Eles te perseguem sem parar
Quando seus ouvidos ouvem mil mentiras
Daqueles que usam qual manequim vívido
Midinette, são frases estudadas
O que são esses para lhe dizer?
Que atormentando você é

Nunca olhe para você, no espelho quebrado
Do qual ele sofre, acreditando que é para desfrutar
Vista o corpo que vendeu seda
Mostre-se de carro, dance e passe a noite
Nunca humilhe sua humilde condição
Porque em seus olhos que eu sempre admirei
Aparece uma alma que tem algum templo
E sacrilégio, como no cabaré

Midinette, você trabalha o ano todo
Sua mãe reza para que você seja feliz
E ore a Deus para se proteger do perigo
Isso segue a bela
Perigo de escorregão
Não esqueça que o mundo não perdoa
Somente uma mãe tem essa virtude
E se ele morrer de tristeza por sua causa
Quem lhe dará conforto?
Apenas o caixão!

Composição: A. Tavarozzi / E. Cárdenas