Milonga Fina

Te declaraste Milonga Fina
Cuando dejaste el arrabal
El traje mishio de percalina
Y la puntilla del delantal

El moño rojo que te ponías
Tan paradito, tan coquetón
Y aquellos mozos que te traían
Cuando salías a patacón

Ya no lucís tu silueta
Pebeta de arrabal
Ya dejaste la querencia
Pobrecita, por tu mal

Ya no te ronda la mishiadura
Hoy por la calle triunfal pasás
Con un poquito de amargura
Que con tu risa disimulás

Para engrupirte, para olvidarte
De todo aquello que ya pasó
Y aquel mocito, que por llorarte
Un día triste, pobre, murió

Te declaraste Milonga Fina
Cuando anduviste con aquel gil
Que te engrupía con cocaína
Y te llevaba al Armenonville

Donde al compás de un tango canero
Ibas perdiendo la realidad
Y los chamuyos de un milonguero
Te pervirtieron con su maldad

Fine Milonga

Você se declarou Milonga Fina
Quando você saiu do subúrbio
O traje de mishio percalina
E o laço do avental

O laço vermelho que você usava
Tão paradito, tão paquerador
E aqueles garotos que trouxeram você
Quando você saiu para patacón

Você não olha mais sua silhueta
Arbor Pebeta
Voce ja deixou o amor
Pobre, pelo seu mal

Mishiadura não está mais ao seu redor
Hoje na rua triunfante você passa
Com um pouco de amargura
Que com sua risada você esconde

Para engolir você, esquecer você
De tudo o que já aconteceu
E aquele garotinho, que por chorar você
Um dia triste, o pobre homem morreu

Você se declarou Milonga Fina
Quando você andou com esse gil
Que te envolveu com cocaína
E eu te levei para o Armenonville

Onde a batida de um tango canero
Você estava perdendo a realidade
E os chamuyos de um milonguero
Eles te perverteram com seu mal

Composição: C. E. Flores / J. Servidio