Milonguita

Te acordás, Milonguita? Vos eras
La pebeta más linda'e Chiclana
La pollera cortona y las trenzas
Y en las trenzas un beso de Sol
Y en aquellas noches de verano
Que soñaba tu almita, mujer
Al oír en la esquina algún tango
Chamuyarte bajito de amor?

Estercita, hoy te llaman Milonguita
Flor de noche y de placer
Flor de lujo y cabaret
Milonguita
Los hombres te han hecho mal
Y hoy darías toda tu alma
Por vestirte de percal

Cuando sales por la madrugada
Milonguita, de aquel cabaret
Toda tu alma temblando de frío
Dices: Ay, si pudiera querer!
Y entre el vino y el último tango
P'al cotorro te saca un bacán
Ay, que sola, Estercita, te sientes!
Si lloras... Dicen que es el champán!

Milonguita

Você se lembra, Milonguita? Você estava
O mais fofo pebeta'e Chiclana
Saia e tranças de Cortona
E nas tranças um beijo do sol
E nessas noites de verão
O que seu pequeno sonho sonhou, mulher
Quando você ouve algum tango no canto
Chamuyarte com falta de amor?

Estrelinha, hoje eles te chamam de Milonguita
Flor da noite e prazer
Cabaré e flor chique
Milonguita
Homens fizeram você errado
E hoje você daria toda a sua alma
Para vestir-se como uma chita

Quando você sai de madrugada
Milonguita, daquele cabaré
Toda a sua alma tremendo de frio
Você diz: Oh, se eu pudesse querer!
E entre o vinho e o último tango
P'al Cotorro te tira de uma bola
Oh, sozinho, Estercita, você sente!
Se você chora ... Dizem que é champanhe!

Composição: E. Delfino / S. Linning