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Cinto Cruzado

Clara Nunes

Mandacaru é vermelho como o sol do sertão
Cacimba seca é o espelho, pega fogo no chão
Sem água o gado se perde
O que mata o boi mata o verde,é sede

Barriga grande de filho é barro,é bicho, é inchação
Que o fim do magro novilho é o bico do gavião
Sem mato o gado não come
O que mata o boi,mata o "home", é fome

Eh,vida de cão! Trabalha e nunca tem nada não
Danação! Arrancando o couro pro patrão
Pros feitor e pros macaco so pedindo proteção
A corisco,a ventania,a vorta-seca, a lampião
Aí que eles vão ver como se dança o baião

Bota o cristão de joelho pra sangrá o coração
E sai o facão vermelho igual luar do sertão
Pros "coroné" só o cangaço,
No parabelo ou no braço ou no aço

Ou segue o trilho da leste e vai pro sul cidadão
Ou pega enxada no agreste ou pedra na construção
Sina de pobre é má sorte,
Paz de caboclo do norte é morte

É só provação
É dono de engenho e capitão
Perdição
Na fé no "Padim Ciço Romão"

Vou botar cinto cruzado, peixeira, chapéu, gibão
Acender nome de guerra no pavio de lampião
Aí que eles vão ver como se dança o baião
Mandacaru é vermelho...

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Composição: Guinga / Paulo César Pinheiro. Essa informação está errada? Nos avise.

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