Puta Cara

Desconstruindo Estereótipos e Crítica Social em 'Puta Cara' de Defeito Anormal

A música 'Puta Cara' da banda Defeito Anormal aborda de maneira crua e direta a realidade da prostituição e a percepção social sobre o valor monetário e humano envolvido. A letra começa descrevendo um encontro casual com uma prostituta na rua, destacando a interação inicial que é marcada por um incidente inesperado com o sutiã da mulher. Este momento pode ser interpretado como uma metáfora para a exposição e vulnerabilidade das trabalhadoras do sexo.

O refrão 'CARALHO, QUE PUTA CARA!' expressa surpresa e indignação com o preço cobrado, refletindo não apenas sobre o custo financeiro, mas possivelmente sobre o alto 'custo' emocional e social que essas mulheres enfrentam. A busca por alternativas mais baratas, como descrito na visita ao 'michellis', pode ser vista como uma crítica à busca incessante por gratificações mais acessíveis, ignorando as condições humanas e emocionais das envolvidas.

A repetição intensa do termo 'puta cara' ao final da música reforça a ideia de choque e reflexão sobre o valor atribuído às pessoas e aos serviços na sociedade. A música, portanto, além de retratar uma realidade, provoca o ouvinte a pensar sobre as dinâmicas de valorização e desvalorização humana em contextos marginais.