Cemitérios
Delinquentes
Vendo, vivenciando o suicidio dos homens
Presenciando atrocidades cometidas contra a terra
O orgulho de todos esmagado pelas mesmas mãos
Que mataram os indios, os negros e os pobres
Carandirú, Vigário geral e Candelária
Nomes que não mais sairão das memórias
Lembranças tristes enterradas junto com os corpos
Ou reduzidos a ossadas como os pobres Ianomamis
Cemitérios da civilização sob as cidades modernas
Cemitérios da civilização pequenos troféus da barbaridade
Colonial, bestial, ocidental...
Ouço o grito surdo-mudo que ecoa pelos quatro cantos de um planeta faminto
Sinto a agonia e o desespero de transeundes que nem sentem a falta da felicidade ausente
Derretemos em asfaltos suculentos, presenciando o dia-a-dia sangrento, caminhamos em túneis fétidos contruído sobre os cemitérios dos antepassados
Cemitérios da civilização sob as cidades modernas
Cemitérios da civilização pequenos troféus da barbaridade
Colonial, bestial, ocidental...
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