Que Bonito es el amor

A Dualidade da Existência em 'Que Bonito es el amor' de Estopa

A música 'Que Bonito es el amor' da banda Estopa apresenta uma reflexão sobre a dualidade da experiência humana, contrastando a beleza e a simplicidade da vida com sentimentos de tristeza e vazio. A letra inicia com uma celebração do amor, da diversão e das pequenas maravilhas do mundo, como uma flor ou um arco-íris, sugerindo uma apreciação pela vida e suas belezas. No entanto, essa visão é rapidamente contrastada com a confissão do eu lírico de não entender a razão de sua tristeza, apesar das maravilhas ao seu redor.

A repetição da frase 'Si es que la vida es la hostia' (que pode ser traduzida como 'Se a vida é tão incrível') e a subsequente menção a olhar para as próprias veias e sentir o sangue acumular-se, introduz uma imagem poderosa de luta interna e desespero. A metáfora de 'cargar la pistola' (carregar a pistola) para matar 'dos monstruos de un tiro' (dois monstros de um tiro) - a agonia e o vazio - revela uma batalha contra a dor emocional e a sensação de vazio existencial.

O eu lírico também expressa um desejo de escapismo, como se fundir com um videogame, onde as preocupações da vida real são substituídas por desafios fictícios e a possibilidade de ter várias vidas. Essa fantasia de imortalidade e destreza contrasta com a realidade da dor e do sofrimento, destacando a complexidade dos sentimentos humanos e a busca por significado e alívio.